Exército alemão na Segunda Guerra Mundial

Cores autênticas da Wehrmacht. Tons históricos fiéis para pintar modelos de viaturas alemãs da Segunda Guerra Mundial. Envio para todo o mundo.

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Exército alemão na Segunda Guerra Mundial

Foi a 16 de março de 1935 que a Alemanha deu início à Wehrmacht, as novas forças armadas que vieram substituir o antigo Reichswehr. Já a 1 de junho do mesmo ano, o exército de terra — até aí conhecido como Reichsheer — passou a chamar-se Heer, o nome usado na estrutura da Wehrmacht. Além do Heer, também a Luftwaffe (força aérea) e a Kriegsmarine (marinha de guerra) passaram a fazer parte da nova organização. Todos os ramos ficaram sob o controlo do comando máximo das forças armadas, o Oberkommando der Wehrmacht (OKW).

Histórico operacional da Wehrmacht na Segunda Guerra Mundial

A Wehrmacht teve o seu primeiro teste real de combate durante a Guerra Civil de Espanha, ainda antes do início da Segunda Guerra Mundial. Em 1936, a Alemanha apoiou o general Franco com o envio da Legião Condor — mais de cinco mil militares, aviões, carros de combate, peças de artilharia e pessoal de instrução. Esta intervenção serviu como campo de ensaio para armamento moderno, treino de oficiais e coordenação entre diferentes ramos das forças armadas.

Em março de 1938, as tropas alemãs entraram na Áustria sem encontrar resistência — o país foi anexado ao Terceiro Reich num processo conhecido como Anschluss. Meses depois, no outono, com o acordo de Munique, a Alemanha obteve a transferência dos Sudetas — região da Checoslováquia com maioria de população germanófona. Na primavera de 1939, as forças alemãs ocuparam o restante território checo sem disparar um tiro, criando o protetorado da Boémia e Morávia. Com isso, terminava a fase de expansão sem oposição militar séria — a guerra estava prestes a começar.

No dia 1 de setembro de 1939, a Wehrmacht lançou a invasão da Polónia. Pouco depois, pelo lado oposto, avançaram também tropas soviéticas. A campanha durou menos de um mês e resultou na divisão do país entre a Alemanha e a União Soviética. O Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha.

Seguiu-se o ataque ao norte da Europa. Em abril de 1940, a Alemanha ocupou a Dinamarca e lançou uma ofensiva na Noruega, onde enfrentou tropas aliadas pela primeira vez. Em maio, começou a ofensiva-relâmpago contra a Bélgica, os Países Baixos e o Luxemburgo, que culminou com o ataque à França. Em poucas semanas, os alemães romperam as defesas e, a 22 de junho, a França capitulou. Durante esta fase, a Itália juntou-se à guerra do lado alemão.

Com o sucesso no Ocidente, o objetivo seguinte passou a ser a Grã-Bretanha. No verão de 1940, a Luftwaffe e a aviação italiana iniciaram uma campanha aérea de larga escala — bombardeamentos constantes e ataques diários tentavam destruir a aviação britânica e abrir caminho para uma eventual invasão. Mas a Royal Air Force resistiu e a operação teve de ser cancelada. Foi a primeira grande derrota da Alemanha.

Na primavera de 1941, a Alemanha virou-se para o sul. Em fevereiro, foi enviado para a Líbia o Afrika Korps, comandado por Erwin Rommel, numa tentativa de travar a ofensiva britânica e recuperar território perdido no Norte de África. O contra-ataque alemão empurrou os Aliados de volta até à fronteira egípcia.

Logo a seguir começou a campanha nos Balcãs. Em abril, a Wehrmacht invadiu a Jugoslávia na sequência de uma mudança de governo que recusou alinhar com o Eixo. O país foi ocupado rapidamente. Depois, a ofensiva estendeu-se à Grécia, onde os Aliados tentaram travar o avanço alemão. Em maio de 1941, paraquedistas alemães tomaram a ilha de Creta — foi a primeira operação aerotransportada em larga escala da história. Apesar do êxito, as baixas foram tão elevadas que os alemães abandonaram este tipo de ação. Já os Aliados tiraram dali conclusões opostas, e usaram tropas aerotransportadas em operações futuras como a Market Garden e o desembarque na Normandia.

Após as campanhas no Norte de África e nos Balcãs, começou uma nova fase: a 22 de junho de 1941, a Wehrmacht invadiu a União Soviética. A ofensiva cobriu toda a frente oriental — do Báltico ao Mar Negro —, com a ocupação dos Estados Bálticos, da Bielorrússia e de grande parte da Ucrânia. Os alemães chegaram às portas de Moscovo, mas no inverno o avanço estagnou. Em 1942, o foco deslocou-se para o sul, em direção ao Volga — uma rota estratégica vital para os soviéticos. A batalha de Estalinegrado terminou com o cerco e rendição do 6.º Exército alemão, comandado pelo general Friedrich Paulus — uma derrota que marcou a viragem no Leste.

No final de 1942, o panorama piorava também em África. A derrota em El Alamein obrigou à retirada, e em maio de 1943 os alemães renderam-se na Tunísia. Os Aliados desembarcaram na Sicília e depois no sul de Itália, dando início à campanha italiana. Em junho de 1944, abriram uma nova frente com o desembarque na Normandia, que levou à libertação da França e da Bélgica. Ao mesmo tempo, o Exército Vermelho avançava pelo leste.

No início de 1945, os Aliados estavam já às portas da Alemanha. Em abril, os soviéticos lançaram o assalto final a Berlim. Após combates intensos, a cidade caiu e, a 8 de maio, a Alemanha nazi rendeu-se. A Wehrmacht foi dissolvida e, nos meses seguintes, as forças ocupantes desmantelaram o que restava da sua estrutura militar. Só dez anos depois, à Alemanha Ocidental foi permitido criar um novo exército — a Bundeswehr.

Evolução da camuflagem dos veículos da Wehrmacht

Ao longo da guerra, a camuflagem usada nos veículos da Wehrmacht passou por várias alterações profundas. Estas mudanças refletiam tanto a evolução da estratégia militar como as condições do terreno onde decorriam as operações.

Nos primeiros anos, os veículos de combate mantinham o esquema tricolor herdado do Reichswehr, conhecido como camuflagem multicolorida (Buntfarbenanstrich). Já os veículos não destinados ao combate eram pintados num tom cinzento de campanha (Feldgrau).

Em 1937, foi introduzido um novo padrão: fundo cinzento-escuro com manchas castanho-escuras (dunkelgrau/dunkelbraun). Nos documentos aparecia como “nova camuflagem multicolorida” (neuer Buntfarbenanstrich). No verão de 1940, as manchas castanhas foram eliminadas e os veículos passaram a ser pintados uniformemente em cinzento-escuro (Dunkelgrau).

Durante o inverno, aplicava-se tinta branca de emulsão para fins de camuflagem. Esta cobertura era temporária — podia ser removida facilmente ou desaparecia com o uso e as intempéries.

A entrada em cena no Norte de África exigiu um novo tipo de camuflagem adaptada ao ambiente desértico. Em março de 1941, foi adotado um esquema bicromático: amarelo-acastanhado (Gelbbraun) combinado com cinzento-arenoso (Grau). Estas cores eram aplicadas sobre a pintura padrão europeia. Um ano depois, em março de 1942, a combinação foi revista e substituída por outras tonalidades.

Também na frente europeia houve necessidade de adaptação. A pintura cinzenta, eficaz em zonas urbanas da Europa Ocidental, revelava-se pouco adequada aos terrenos abertos do Leste. Na primavera de 1943, o amarelo-escuro (Dunkelgelb) passou a ser a cor base. Surgiu então um novo esquema de camuflagem (Tarnanstriche), com o fundo em amarelo-escuro (Dunkelgelb) sobreposto por manchas de castanho-avermelhado (Rotbraun) e verde-oliva (Olivgrün).

No início de 1945, o padrão voltou a mudar. A escassez de tinta e materiais obrigou a poupar. Até aí, os veículos eram pintados integralmente com a cor base antes de se aplicar o camuflado. A partir dessa altura, adotou-se a chamada camuflagem económica (Sparanstrich). As mesmas cores continuaram a ser usadas, mas aplicadas diretamente sobre o primário, sem camada uniforme por baixo. O tom de fundo também foi alterado: o verde-oliva (Olivgrün) substituiu o amarelo-escuro (Dunkelgelb). Nos últimos meses da guerra, devido à falta de materiais, certos componentes já nem eram pintados — ficavam simplesmente com o primário avermelhado à vista.

Normas de cores do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial

A padronização das cores nos veículos militares alemães começou ainda antes da criação da Wehrmacht. Em 1927, a Comissão Imperial de Abastecimento (Reichs-Ausschuss für Lieferbedingungen) criou uma paleta industrial com 40 tonalidades, batizada de RAL 840 — o nome RAL vem precisamente da sigla da comissão. Esta norma serviu de base para os esquemas de pintura usados posteriormente nas forças armadas.

Até 1941, as tintas para veículos blindados eram identificadas apenas pelo nome e número, como o verde n.º 28 (Grün Nr. 28) ou o preto n.º 5 (Schwarz Nr. 5). No entanto, esse sistema não garantia uniformidade nos tons, o que complicava o fornecimento em massa e impedia a aplicação de um padrão de camuflagem realmente unificado.

A 10 de fevereiro de 1941, o sistema foi reorganizado: os tons deixaram de ser apenas nomeados e numerados e passaram a ter códigos RAL de quatro dígitos. Por exemplo, o Dunkelgrau Nr. 46 foi substituído pelo RAL 7021 Dunkelgrau, e o Grün Nr. 28 tornou-se RAL 6007 Grün. Esta mudança permitiu padronizar as cores em toda a linha de produção, facilitar a logística e aplicar um sistema de referência coerente a nível nacional. O padrão RAL continua a ser amplamente utilizado até hoje, tanto em contextos militares como civis.

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